11 novembro, 2019

Até sempre, Teresa Tarouca!

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O Museu do Fado lamenta profundamente a morte de Teresa Tarouca.

Nascida em 1942, Teresa Tarouca começou a cantar com 11 anos, em espectáculos de beneficência, e estreou-se no Fado com 13 anos, no Salão de Bombeiros de Oeiras. 

Oriunda de uma família ligada à música (é prima de Frei Hermano da Câmara e prima afastada de Maria Teresa de Noronha) foi considerada "menina-prodígio" nos anos 50. Em 1962 grava o seu primeiro disco e dois anos depois recebe o Prémio da Imprensa ou Prémio Bordalo, na categoria "Fado". Nesta mesma cerimónia - que decorreu no Pavilhão dos Desportos a 3 de Abril de 1965 - a Casa da Imprensa distinguiu na mesma categoria Alfredo Marceneiro.

Teresa Tarouca trabalhou com D. António de Bragança, João de Noronha, Casimiro Ramos, João Ferreira-Rosa, Francisco Viana, Alfredo Marceneiro, D. Nuno de Lorena, Pedro Homem de Mello e Maria Manuel Cid, entre muitos outros. Algumas das suas canções mais conhecidas são "Mouraria", "Deixa Que Te Cante Um Fado", "Fado, Dor e Sofrimento", "Passeio à Mouraria" ou "Saudade, Silêncio e Sombra". 

Além de Portugal, Teresa Tarouca actuou na Dinamarca, Bélgica, Espanha, Estados Unidos da América e Brasil, entre outros. Em 1973 foi convidada para actuar no Festival RTP da Canção e em 1989 editou um dos mais emblemáticos álbuns da sua carreira: "Tereza Tarouca canta Pedro Homem de Mello".  

Após algum afastamento das lides artísticas, Teresa Tarouca regressa em 2008 com uma participação especial no musical "Fado... Esse Malandro Vadio!", de João Núncio, com encenação de Francisco Horta.

A 7 de Junho de 2013 foi feita Comendadora da Ordem do Infante D. Henrique, sendo distinguida ainda, no mesmo ano, com o "Prémio Carreira" na 8.ª edição dos Prémios Amália.