Pôr-do-Fado

Na sequência do sucesso da edição da programação Pôr-do-Fado nas Festas da Cidade de 2009, o Museu do Fado volta a integrar a Festa do Fado com uma nova edição deste projecto agora realizado no espaço do Café do Museu.

Quatro Concertos, quatro reportórios é o mote para este conjunto de instrumentais ao final da tarde, onde a guitarra portuguesa é a protagonista. A carta-branca foi entregue a José Manuel Neto, um dos mais importantes guitarristas da actualidade. E todas as quintas José Manuel Neto traz convidados especiais, não por acaso todos profundamente ligados ao Fado.

Espectáculos nos dias 3 (convidado Camané), 10 (convidada Aldina Duarte), 17 (convidados António rocha e Maria Amélia Proença) e 24 (convidado Rão Kyao) de Junho de 2010, às 19h00.

José Manuel Neto (1972) nasceu em Lisboa. Começou a tocar guitarra portuguesa com apenas 15 anos e destaca-se, entre os jovens intérpretes, como um dos instrumentistas mais requisitados no acompanhamento de fadistas, em espectáculos e gravações de discos.

Filho da fadista Deolinda Maria, José Manuel Neto cresceu em ambiente propício ao desenvolvimento do seu talento, tendo como referências os maiores nomes do universo fadista, caso de Carvalhinho, José Nunes, Jaime Santos e Fontes Rocha. Aprendeu ao lado de outros guitarristas e desenvolveu o seu estilo próprio “marcado pela fluidez, versatilidade e simplicidade frásica que caracteriza a melhor música popular” (Programa “Antena Portuguesa”, Cinema São Jorge, 2009).

José Manuel Neto aprendeu a tocar guitarra portuguesa como autodidacta e, na década de 1990, deu início ao seu percurso profissional acompanhando diversos artistas nas casas de fado. Foi neste ambiente que a sua interpretação ganhou amadurecimento, o que o fez manter-se vários anos nos elencos de espaços tão conceituados como a Viela, o Sr. Vinho, a Taverna do Embuçado ou o Faia.

O domínio musical que caracteriza o seu trabalho é reconhecido. José Manuel Neto demonstra-o em palco e em edições discográficas com os mais diversos artistas, mas é, evidentemente, no Fado que as suas prestações são mais numerosas.

Em 2004 a Casa da Imprensa entregou-lhe o “Prémio Francisco Carvalhinho”, atribuído ao melhor instrumentista, durante o espectáculo da Grande Noite do Fado desse ano. E a Fundação Amália Rodrigues distinguiu-o em 2008 com o “Prémio Melhor Instrumentista”, reconhecendo-o como um dos grandes expoentes da interpretação da Guitarra Portuguesa.

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