Moda, Música e Sentimento

O Museu do Fado apresenta “Moda, Música e Sentimento” no dia 26 de Janeiro, às 19h00. Haverá um momento musical com Joana Almeida, acompanhada por Pedro Dias na guitarra portuguesa e Carlos Fonseca na viola de fado.

O livro “Moda, Música e Sentimento” apresenta o universo identitário de distintas manifestações culturais marcadas pela relação entre a música e a moda. Organizado por Rafaela Norogrando, doutora em design pela Universidade de Aveiro (UA), e Alfonso Benetti, músico e investigador do Departamento de Comunicação e Arte da UA, o livro conta com a participação de vários investigadores. 

Aspetos históricos, étnicos e comportamentais característicos de determinadas expressões artísticas fundem-se em “Moda, Música e Sentimento” numa visão complementar sobre práticas em diferentes territórios. A moda é entendida num conceito amplo, traduzido através de diferentes linguagens. A música actua como instrumento catalisador de acções socioculturais, vinculada a períodos históricos e regionalismos. Com uma abordagem apoiada na construção cultural como reflexo de emoções, relações sociais e pessoais, o livro apresenta algumas perspectivas sobre o tema através do contributo de diversos autores.

Sobre os Organizadores/Autores:

Rafaela Norogrando é doutorada em Design pela UA e mestre em Antropologia Social e Cultural pela Universidade de Coimbra. Graduada pela Universidade de Caxias do Sul, trabalhou nove anos na indústria da moda como designer de calçado na Grendene S/A e possui especializações em Marketing e Gestão Empresarial (MBA), Design de Produto e Moda e Comunicação. A convite atua como revisora de artigos para revistas científicas e tem publicações relacionadas a museus de moda e exposições, bem como temas sobre identidade, comportamento, moda e cultura; além disso é autora do blog "i-material: Moda.Design.Museu.Cultura.Sociedade.Patrimônio.Humanidade".

Foi curadora da exposição temporária “xi-coração” no Museu Nacional do Traje (PT) e idealizadora e coordenadora-geral do Little Dress Project. É pesquisadora associada ao ID+ Instituto de Investigação em Design, Media e Cultura, docente na Universidade da Beira Interior e da ESAD-Matosinhos, membro do ICOM-PT e dos comitês científicos do UD16 – Encontro de Doutoramentos em Design; Moda Documenta: Seminário e Congresso Internacional de Memória, Design e Moda; Colóquio de Moda, do CIMODE – Congresso Internacional de Moda e Design e Congresso Internacional de Negócios de Moda.

Alfonso Benetti é doutorado em Música e é investigador pela UA e pelo INET-MD (Instituto de Etnomusicologia - Centro de Estudos em Música e Dança) – Portugal. O seu foco de investigação envolve temáticas relacionadas à performance, área na qual atualmente desenvolve uma ampla pesquisa sobre expressividade musical. Neste âmbito, tem participado de inúmeras conferências (Alemanha, Brasil, Inglaterra, Espanha e Portugal) e publicado em importantes revistas.

Atualmente desenvolve trabalho de pós-doutoramento, projetos de investigação, orientações científicas e promove eventos na área acadêmica. Como pianista profissional, tem realizado concertos no Brasil, em Portugal, na Alemanha, Inglaterra, Áustria e Polônia como solista e também atua como integrante em grupos de música de câmara. Além disso, é membro da direção e sócio fundador da Culturcentro - Associação de Desenvolvimento Artístico (Coimbra-Portugal).

Alexsander Jorge Duarte é doutorado em Etnomusicologia pela UA, com graduação em Música (com enfase em Flauta Transversal) pela Universidade Federal de Ouro Preto/UFOP. Atualmente é membro pesquisador do INET-MD – Instituto de Etno-musicologia, Centro de Estudos em Música e Dança e realiza trabalho de pós-doutoramento com financiamento da FCT (POPH e Fundos da União Europeia). Os estudos de acustemologia e paisagem sonora associados à música e à identidade constituem alguns dos seus interesses de investigação. Com o pseudónimo Alex Duarte, é compositor, instrumentista (flautas e violão), cantor e declamador de “causos” como solista em projetos autorais. Atua como guitarrista no grupo de música tradicional portuguesa Toques do Caramulo. Nesse âmbito tem se apresentado em festivais e realizado concertos em diferentes países da Europa e África. Também participa outros projetos artísticos, tendo, ainda, trabalhado como docente em conservatórios.

Rui Filipe Duarte Marques é licenciado e mestre em Educação Musical pela Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Coimbra, concluiu o curso complementar de piano no Conservatório da mesma cidade. Frequentou o mestrado em Ensino de Música (ramo de Teoria e Formação Musical) da UA. Dirige, desde 2005, a Tuna Recreativa Penalvense. Fundou, em 2009, a OHphicina das Artes – Academia de Música de Oliveira do Hospital, sendo responsável pela sua coordenação pedagógica. Lecionou em diversas escolas do Ensino Básico, Especializado de Música (Conservato´rio Regional de Coimbra) e Superior (Escola Superior de Educação de Coimbra, Instituto Superior de Estudos Interculturais e Transdisciplinares de Viseu, Escola Superior de Educação do Porto e Escola Superior de Música, Artes e Espetáculo do Porto).

Doutorando em Música (especialização em Etnomusicologia) no Departamento de Comunicação e Arte da UA, tem participado nos projetos de investigação “MIMAR – Memória e Imaginários do Mar”, “A música no meio: o canto em coro no contexto do orfeonismo (1880-2012)” e “A nossa música, o nosso mundo: associações musicais, bandas filarmónicas e comunidades locais (1880-2018)”, em curso no INET-md, Instituto de Etnomusicologia (polo de Aveiro).

Sara de Melo Pereira é directora do Museu do Fado e doutora em Arte, Património e Restauro pela Universidade de Lisboa. Integrou a comissão científica e é Coordenadora Executiva da Candidatura do Fado à Lista Representativa do Património Cultural Imaterial da Humanidade (UNESCO) e da implementação do Plano de Salvaguarda apresentado à UNESCO. Possui pós-graduação em História Regional e Local e licenciatura em História (variante de História da Arte) pela Universidade de Lisboa. É comendadora da Ordem do Infante D. Henrique – insígnia atribuída pela Presidência da República Portuguesa em 2015 – e autora de dezenas de publicações sobre o fado, comissária e curadora de exposições e oradora convidada de inúmeras conferências nacionais e internacionais nos domínios da História da Arte e do Património.