Recital de Poesia

As Palavras do Fado

Sinde Filipe diz alguns dos mais bonitos poemas escritos para Fado, ilustrados pela guitarra clássica de Pedro Jóia.  

Serão também apresentadas pequenas histórias, desconhecidas ou por vezes esquecidas, dos protagonistas, poetas, compositores e fadistas que foram atravessando a história da canção de Lisboa.

Um espetáculo único, absolutamente a não perder!

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SINDE FILIPE

Detentor de um extenso curriculo no Teatro, Cinema e Televisão, Sinde Filipe foi um dos fundadores do C.I.T.A.C. -  Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra quando era aluno da Faculdade de Direito. Posteriormente, na qualidade de bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian, frequentou, em Paris, os cursos de René Simon, Marcel Marceau e Jacques Lecoq assim como, em Estrasbugo, o Centre Dramatique de l’Est.

Terminada a sua formação partiu para o Brasil onde encenou, em S. Paulo, “As Visões de Simone Machard” de Bertold Brecht e uma comédia: “Meu Marido e Você”, de Roger Ferdinand. Anos mais tarde regressaria ao Brasil para protagonizar a telenovela “António Maria”, na Manchete. Em Portugal integrou várias companhias incluindo a Companhia do Teatro Nacional dirigida por Amélia Rey Colaço e na R.T.P. protagonizou grandes êxitos tais como “Pedro o Crú” de António Patrício, “O Pensamento” de Andreiev e “Knock” de Jules Romains.  No cinema, é autor de sete médias-metragens: “ O Piano”, “A Cama”, “A Igreja Profanada”, “A Pastora”, “Miguel Bombarda” e ainda três contos de Miguel Torga: “O Milagre”, “Um Roubo” (inacabado) e “ O Leproso”.

Conhecido do grande público pela sua participação em numerosas séries e telenovelas, Sinde Filipe continua a ser, essencialmente, um homem do Teatro e cultor da Poesia tendo gravados 3 CDs sobre Fernando Pessoa, Cesário Verde e Alexandre O’Neill.

No que respeita à escrita é autor dos textos “Vieira de Castro ou a Loucura da Honra” (Guião para uma longa metragem), "Grandes Amores de Portugal” (série consituida por quatro episódios intitulados “A Tragédia de Vila Viçosa”, “O Bichinho de Conta”, “O Magnânimo” e “ A Sempre Noiva”), “Mário” ( adaptação da obra de Silva Gayo) e “Diário de uma Jovem Professora” (guião seleccionado e financiado pela Sociedade Portuguesa de Autores).

Entre outras distinções, Sinde Filipe recebeu recentemente o “Prémio de Melhor Actor” nos Festivais Internacionais de Coimbra, Agadir e Bombaim pela sua interpretação no filme “Zeus”, de Paulo Filipe Monteiro. Foi também distinguido pela Academia Portuguesa de Cinema com o prestigiante “Prémio Carreira”. 

 

PEDRO JÓIA 

Pedro Jóia começou a tocar guitarra aos sete anos de idade com Paulo Valente Pereira na Academia dos Amadores de Música, em Lisboa, passando a estudar com Manuel Morais quando, aos quinze anos, se transferiu para o Conservatório Nacional, onde viria a concluir os estudos de guitarra clássica. Paralelamente inicia o estudo da guitarra flamenca, primeiro de forma autodidacta e mais tarde frequentando cursos com Paco Peña, Gerardo Nuñez e sobretudo com Manolo Sanlúcar. 

Começou a apresentar-se a solo e com formações instrumentais a partir dos dezanove anos de idade. Compõe regularmente para teatro e produções cinematográficas/televisão. Em 2008 recebeu o Prémio Carlos Paredes com o álbum “À Espera de Armandinho”, um registo a solo onde transcreve para guitarra clássica obras do grande guitarrista e compositor lisboeta da primeira metade do Século XX Armando A. Freire.

Viveu no Rio de Janeiro entre 2003 e 2007 onde tocou e gravou com grandes nomes da MPB como Ney Matogrosso, com o qual realizou duas extensas tournés e também com Simone e Gilberto Gil, entre outros. Apresentou-se como solista com várias orquestras e formações de câmara como a Orquestra Sinfónica Portuguesa, Orquestra Nacional da Venezuela, Orquestra Clássica da Madeira, Orquestra Chinesa de Macau e Orquestra Sinfonietta de Lisboa.

Apresenta-se regularmente com o “Quarteto Arabesco” tocando obras originais e transcrições para Guitarra e Quarteto de Cordas. Desde 2015 que desenvolve uma estreita relação musical com a flautista americana Susan Palma Nidel. Entre 2013 e 2019 toca em concerto e grava com Mariza e também com o grupo Resistência, combinando estas atividades com projetos pessoais, como o Pedro Jóia Trio.

Grava e edita em 2020 o álbum “Zeca” dedicado a parte da obra de José Afonso, trabalho com o qual foi galardoado, pela segunda vez, com o Prémio Carlos Paredes. 

 

© Eduardo Gageiro e Tiago Fezas Vital

©Eduardo Gageiro

©Tiago Fezas Vital

©Tiago Fezas Vital

©Tiago Fezas Vital