Há Fado no Cais

Perpétuo - Tributo a Carlos Paredes

“Sou um homem que toca guitarra… Que tem isso?”, dizia quem, com mágicos movimentos, perpetuou o som da sua guitarra na alma de um país. Comemoramos, com este espetáculo, os 100 anos do nascimento de Carlos Paredes, revisitando algumas das composições daquele que, com a sua guitarra, se transformou em todos nós. Viva Paredes, sempre!   Diogo Varela Silva, encenador

 

Filho de Artur Paredes, neto de Gonçalo Paredes e sobrinho-neto de Manuel Rodrigues Paredes, Carlos Paredes foi herdeiro de uma vasta tradição familiar onde a guitarra esteve sempre presente.

Protagonizou um movimento de renovação e reinvenção da sonoridade da guitarra portuguesa que resultou de uma geração de 1960 revitalizada por novos conceitos socioculturais, onde floresciam vozes como as de José Afonso e Adriano Correia de Oliveira, a poesia de Manuel Alegre e as guitarras e violas de tantos outros artistas desta geração coimbrã.

No cinema, ficou célebre a sua música para Os Verdes Anos (1962) e Mudar de Vida (1966) de Paulo Rocha, e também para o Fado Corrido (1964) de Jorge Brum do Canto.

A sua vasta obra musical faz de Carlos Paredes um dos mais completos compositores e instrumentistas que a guitarra portuguesa conheceu. A sua obra fez escola e assume, na cultura musical portuguesa, um valor incalculável.

Neste espetáculo homenageamos o Mestre, juntando alguns dos mais brilhantes instrumentistas de hoje para revisitar o seu legado de sempre.

 

Concepção e Encenação: Diogo Varela Silva

Direcção Musical: João Paulo Soares

Guitarra Portuguesa: Bernardo Couto, Gaspar Varela, Luís Guerreiro e Ricardo Parreira
Piano: Máximo Francisco
Saxofone: Ricardo Toscano
Viola de Fado: André Ramos
Viola Baixo: Francisco Gaspar

Coreógrafo: João Reis Moreira

Desenho de Luz: António Martins (Aldeia da Luz)
Som de Frente: Rui Guerreiro
Som de Palco: Jorge Jorge