António Vasco Moraes
Data
13 outubro, 2016
Preços
Entrada livre no limite dos lugares disponíveis. Agradecemos confirmação de presença para 218 823 470 ou info@museudofado.pt
O Museu do Fado recebe no dia 13 de Outubro, às 19h00, a apresentação do álbum Silêncio, de António Vasco Moraes. O fadista será acompanhada por Dinis Lavos na guitarra portuguesa, Jaime Santos na viola de fado e José Elmiro no baixo acústico.
Por vezes, no Fado como em outros géneros musicais já muito antigos, com uma História feita de factos reais ou lendários, de figuras tutelares, de regras próprias – seja nos poemas, nas tradições melódicas e harmónicas, na forma própria como cada intérprete contribui para a sua preservação e evolução –, é preciso reservar espaço para o “silêncio”. Para que a música, as letras e as vozes que o vão quebrando – e, paradoxalmente, para que este “silêncio” em forma de música assim continue – lhe acrescentem algum significado, algo mais que não existia antes, alguma nova labareda nesta enorme e sempre viva fogueira que é a tradição do Fado.
E é o respeito, a atenção e, acima de tudo, o enorme amor que António Vasco Moraes tem pelo Fado, pela sua história, pelos seus vultos maiores e pela sua tradição que o obriga, sempre, a pesar o quando e o porquê de cada disco que edita. Com uma carreira iniciada na primeira metade dos anos 90 – numa altura em que pouquíssimas pessoas da sua idade se atreviam a cantar Fado – e cimentada na década seguinte, António Vasco lança agora o seu segundo álbum, apropriadamente chamado “Silêncio”, um disco que sucede a “Saudade”, publicado em 2011. E se “Saudade” era o culminar digital de uma vivência no Fado de duas décadas a cantar em variadíssimas casas de fados de referência e em espectáculos históricos – “Fados” de Ricardo Pais (1994), “Amália” de Filipe La Féria (2003) e “Casa de Fados” de Tiago Torres da Silva (2004) –, o novíssimo “Silêncio” mostra um ainda maior refinamento e uma ainda maior maturidade na sua forma muito própria de pensar, sentir, escrever e cantar Fado. Um Fado que mergulha no seu riquíssimo passado e, com humildade, sobriedade e paixão, lança ainda outras pistas para o seu futuro.