Amália e a Poesia
Data
19 fevereiro, 2012
Horas
17h30
Preços
Entrada livre mediante reserva através do 218 823 470 ou museudofado@egeac.pt
O Museu do Fado e a APAF - Associação Portuguesa dos Amigos do Fado - promovem "Amália e a Poesia", uma tertúlia conduzida por Tiago Torres da Silva.
O vice-presidente da APAF – Associação Portuguesa de Amigos do Fado – apresenta Amália Rodrigues num tema pouco explorado. Uma palestra da APAF em colaboração com o Museu do Fado.
Amália foi uma poetisa tímida nos primeiros anos de carreira, escrevendo poucos temas dos quais o mais conhecido é “Estranha Forma de Vida”. Só nos anos 70 do Séc. XX é que se revela em força com álbuns totalmente letrados por ela onde se incluem temas incontornáveis da música em português como “Lágrima”, “Lavava no rio, lavava”, ou “Grito”, temas exaustivamente gravados pelas mais novas gerações fadistas.
Muito antes, Amália revolucionou o Fado trazendo para dentro dele as palavras de grandes poetas como Camões, David Mourão-Ferreira, Pedro Homem de Mello, Manuel Alegre, Sebastião da Gama, Afonso Lopes Vieira, entre muitos outros. Essa atitude valeu-lhe muitos dissabores, do qual o mais pitoresco é a afirmação de M.ª Teresa de Noronha: “A Amália agora canta letras à Picasso”.
Muitos dos grandes poetas escreveram para ela e sobre ela, de Ary dos Santos a Pablo Neruda, havendo centenas de canções, poemas e textos sobre Amália.
Estas são as linhas chave desta palestra que pretende focar-se na importância que Amália teve para os autores. Ela que foi uma poetisa com momentos tão brilhantes como este: “Já não temos fome, mãe/ mas já não temos também/ o desejo de a não ter”.