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Matilde Cid

(N. 10 setembro, 1983)

Nascida em Estremoz, Matilde Cid cresceu no seio de uma família ligada à música e os serões familiares eram passados a tocar viola, piano e a cantar. O pai era fã de jazz, blues e bossa-nova, a mãe, de fado. Por influência materna, o fado tornou-se a sua música de eleição. Começou a cantar em cafés da cidade e, posteriormente, em Évora, durante o seu percurso universitário. Mais tarde veio para Lisboa onde encontrou a verdadeira essência boémia da canção urbana nas diferentes casas de fado da cidade. A convite de Maria João Quadros, passou a integrar o elenco fixo da “Casa da Mariquinhas” (actualmente encerrada) em Alcântara, e chegou a cantar também nas conhecidas “Mesa de Frades”, “Senhor Vinho”, “Associação do Fado Casto” entre outras.

Em Novembro de 2014, João Braga convidou-a para participar no seu concerto no Teatro Municipal São Luiz, onde a apresentou como uma das novas vozes do fado a ter em atenção.

Participou, em 2014, 2015 e 2016 no Festival de Fado Caixa Alfama e Caixa Ribeira e, em 2016 teve o seu primeiro concerto a solo no CCB e participou também no musical Once in Fado, em Londres. Participou também no programa “Fados Para Santo António” promovido pelo Museu de Lisboa – Igreja de Santo António e, em Setembro de 2019 lançou o seu primeiro disco, “Puro”, dirigido pelo músico Diogo Clemente e editado pelo Museu do Fado.

"Sinto o Fado como insaciável. Nunca o irei compreender, jamais saberei tudo sobre ele e jamais saberei cantá-lo na perfeição. É e será um desassossego constante que me perseguirá para o resto dos meus dias. Fica o desejo profundo de “desassossegar” quem me ouve…"

Matilde Cid

 

Fonte:

Espelho de Cultura