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Mário Rainho
(N. 4 março, 1951)Mário Rainho é um consagrado poeta, letrista, guionista e encenador. Nasceu em 1951 e desde muito cedo começou a frequentar os circuitos do Fado lisboeta, assumindo ainda hoje que o Fado é, e sempre foi, o seu grande amor.
Presença assídua nas principais Casas de Fado de Lisboa, Mário Rainho rapidamente se afirmou como intérprete e poeta neste circuito. Fez parte do elenco da Adega Mesquita onde privou com Fernando Maurício e foi no Sr. Vinho que nasceu a parceria artística com José Fontes Rocha, guitarrista e compositor que viria a musicar muitos dos seus poemas.
As suas grandes referências no Fado são Maria Teresa de Noronha, Maria José de Guia, Fernanda Maria, Amália Rodrigues e Hermínia Silva.
Com um trajecto profundamente impactante, Mário Rainho é uma figura incontornável do repertório poético do Fado. Fadistas de referência, de diferentes gerações, têm ao longo dos anos cantado a sua poesia, Fernando Maurício, Maria da Fé, Rodrigo, Anita Guerreiro, Maria da Nazaré, Mariza, Raquel Tavares, Ricardo Ribeiro, Ana Moura, António Zambujo, Maria Armanda, entre muitos outros.
A sua vida tem-se dividido entre o Fado e o Teatro. Estreou-se como autor no Teatro Villaret, com a peça “Ora Bate, Bate Manso”, que escreveu em coautoria com Isabel Damatta, Manuel Gírio e Carlos Ivo, e que contava com interpretações de Eugénio Salvador, Mariema e Octávio Matos. A convite de Hélder Franco Costa, fez parte de uma parceria de autores no Teatro Maria Vitória, onde fez um percurso notável como autor, trabalhando com figuras como Henrique Santana ou Eduardo Damas e onde mais tarde regressaria como chefe de parceria, depois de um período no Teatro ABC.
Ao longo da sua carreira foi agraciado com várias distinções e prémios, dos quais se destacam o prémio Melhor Poeta do Ano da Fundação Amália Rodrigues, em 2006, e a Medalha de Mérito Cultural, Grau Ouro, pela Câmara Municipal de Lisboa em 2012. Foi também homenageado no Museu do Fado, numa cerimónia que reuniu Fernando Maurício, José Raposo, Paulo Valentim, José António, entre muitas outras personalidades, para celebrar o seu admirável percurso artístico.