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Maria do Rosário Pedreira

(N. 21 setembro, 1959)

Maria do Rosário Pedreira nasceu em Lisboa, no dia 21 de Setembro de 1959. É uma editora, escritora, poetisa e letrista portuguesa.

Licenciada em Línguas e Literaturas Modernas, variante de Estudos Franceses e Ingleses pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, foi professora durante cinco anos, na década de 1980.

Em 1987 tornou-se assistente editorial na Gradiva, onde trabalhou durante nove anos. Depois de uma pausa de dois anos em que participou na organização da presença de Portugal como país convidado da Feira do Livro de Frankfurt, voltou à edição para fazer nascer a Temas e Debates.

Entre 1989 e 1998, foi coautora da colecção juvenil Clube das Chaves, com Maria Teresa Maia Gonzalez. No decorrer desse período publicou 21 títulos. Publicou posteriormente também a colecção juvenil Detective Maravilhas, que conta com 17 volumes.

Na qualidade de editora, Maria do Rosário Pedreira conta com um currículo invejável de autores editados, designadamente: José Luís Peixoto, Valter Hugo Mãe, João Tordo, Ana Margarida Carvalho, Carlos Campaniço, Nuno Camarneiro, Paulo Moreiras, Vasco Luís Curado, Gabriela Ruivo Trindade, Norberto Morais, Ana Cristina Silva, Nuno Amado, Cristina Drios, João Rebocho Pais e Gabriela Ruivo Trindade.

Embora tenha publicado um romance e contos dispersos em revistas e antologias, é sobretudo conhecida como poetisa, tendo publicado quatro livros, hoje coligidos na sua “Poesia Reunida”, publicada pela Quetzal em 2012 e distinguida com o Prémio da Fundação Inês de Castro.

A sua ligação ao Fado estabelece-se logo no período inicial da sua vida. Para além de ouvir muito Fado na sua casa, o seu pai era amigo da fadista Lucília do Carmo e padrinho de casamento do seu filho, Carlos do Carmo. Por esse motivo, Maria do Rosário Pedreira era uma presença assídua no restaurante O Faia, onde ouvia com frequência a Lucília e o Carlos do Carmo. O Fado foi um dos elementos matriciais da sua educação e, apesar de se ter afastado do género durante a adolescência, assim que começou a escrever para fadistas, a ligação foi imediata, como se esse hiato nunca tivesse ocorrido.

O primeiro poema que escreveu para Fado, “Pontas Soltas” foi a convite de Carlos do Carmo, para integrar o disco “À Noite”, no qual se materializa um diálogo sublime entre a poesia contemporânea e o repertório tradicional de Fado. Desde esse momento, não mais parou e é hoje um dos rostos mais proeminentes da renovação poética do Fado.

Um dos projectos mais ambiciosos em que participou neste universo do Fado foi a convite de Aldina Duarte, que lhe propôs a criação de uma narrativa desenvolvida em verso ao longo dos 14 temas que compõem o álbum – “Romance(s)”, de 2016. Artista com a qual viria a colaborar mais tarde na antologia "Esse Fado Vaidoso", editada pela Quetzal, em 2022. 

Para além de Carlos do Carmo e Aldina Duarte, Maria do Rosário Pedreira escreveu Fados cantados por inúmeros outros artistas, António Zambujo, Ricardo Zambujo, Ana Moura, Carminho, Mísia ou Cristina Branco.

 

 

https://www.human.pt/2017/02/08/maria-do-rosario-pedreira-alguem-que-veio-de-outro-tempo/

https://www.quetzaleditores.pt/autor/maria-do-rosario-pedreira/12060

https://descendencias.pt/grande-entrevista-maria-do-rosario-pedreira/

https://comunidadeculturaearte.com/maria-do-rosario-e-aldina-duarte-o-fado-nao-vive-sem-poesia/

https://www.rtp.pt/play/p9839/e599499/fado-cravo

https://www.rtp.pt/play/p3097/e280396/curso-de-cultura-geral

Fotografia de José Frade

Fotografia de José Frade