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Manuel Calixto

(N. 5 dezembro, 1910 - M. 30 outubro, 1979)

Manuel Calixto nasceu em Lisboa, no bairro da Madragoa e exerceu a profissão de electricista na Companhia Carris de Ferro.

Começou a cantar o fado como amador em 1924, em festas de caridade, no Salão Portugal, na cervejaria Boémia, no Palatino e no palácio do Conde da Torre. Em Junho de 1934 estreia-se, com grande sucesso e como profissional, no Café Luso (Av Liberdade), em Lisboa, ao que se seguem outros espaços: “Retiro da Severa”, “Solar da Alegria” e café “Gimnásio”.

Manuel Calixto cantou ainda no Casino do Estoril, no palácio do Conde Sabrosa e no Sport Clube de Cascais, bem como na casa do actor Erico Braga e da Viscondessa de S. Luiz de Braga e inúmeras verbenas. Destaque também para as suas apresentações nos cinemas Odeon, Jardim Cinema, Cine-Europa e Cine-Oriente e nos teatros Apolo e Capitólio.

Posteriormente cantou na Rádio Peninsular, Rádio Luso, Rádio Graça, Clube Radiofónico de Portugal.

"(...) Tenho feito sempre o possível por ser camarada; tenho o dogma da lealdade, virtude que uso para todos. E já que me faz perguntas (...) diga no seu jornal que, nesta hora de satisfação por ver premiados os meus sacrifícios, que não esqueço os meus primeiros poetas: Henrique Lourenço e Horácio do Amaral, e que também lembro sempre os meus iniciadores no fado, os tocadores Agostinho da Silva e Joaquim do Vale".(cf. Guitarra de Portugal de 14 de Novembro de 1934).

Estreou-se no cinema, participando na banda sonora do filme “Maria Papoila” (1937) de Leitão de Barros, com Mirita Casimiro.

Manuel Calixto foi apelidado de “Rouxinol da Madragoa”.

 

Fonte:

“Guitarra de Portugal”, 14 de Novembro de 1934;

“Canção do Sul”, 01 de Agosto de 1945;

Machado, A.Victor (1937) “Ídolos do Fado”, Lisboa, Tipografia Gonçalves