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Júlio Peres

(N. 21 abril, 1909 - M. 26 julho, 1995)

Júlio Peres nasceu em Alcântara em 1909. Órfão de mãe, viveu a sua infância junto do avô e da irmã. Em criança, revela todo o seu potencial talento, e com apenas 11 anos começa a cantar. Aos 15 anos, Júlio Peres toma parte em serenatas em Lisboa, profissionalizando-se aos 18 anos quando começa a actuar nas casas de fado.

A par da sua actividade artística, Júlio Peres foi também gerente do “Café Luso”.

No livro “Histórias do Fado” escreve-se: “Entre os seus companheiros habituais contavam-se Gabino Ferreira, Frutuoso França, José Coelho, Júlio Vieitas e Manuel Calixto, com quem participou em muitas cegadas”.

Dotado de uma excelente voz, Júlio Peres foi também um exímio dançarino, facto que o levou a ganhar vários prémios.

Do seu repertório destaque para os temas “Velho Tinteiro”, “Como a Vida Passa” e “Ó Minha Mãe Minha Amada”.

"Actuou na Festa de Inauguração da Cervejaria Monumental, no dia 19 de Julho de 1945, conjuntamente com Isabel de Oliveira, Fernanda Baptista, Moisés Campelos, Berta Cardoso, a cantadeira cigana Maria Helena Maia e Ivete Pessoa (que se estreou com êxito)" (cf. Guitarra de Portugal de 22 Julho 1945)

Faleceu em 1995.

 

Fonte:

“Guitarra de Portugal”, 22 de Julho de 1945

Guinot, M.; Carvalho, R.; Osório, J.M. (1999) “Histórias do Fado”, col. “Um Século de Fado”, Lisboa, Ediclube.

  • Mal de Amor Júlio Peres (António Vilar da Costa / João B.)