Conheça melhor:

Alexandra

(N. 25 abril, 1950)

Alexandra, de seu nome Maria José Canhoto, nasceu a 25 de Abril de 1950, na aldeia Soalheira, concelho do Fundão. As raízes beirãs determinam as potencialidades da sua voz, que entretanto, e sob influência da sua vivência em Moçambique, local onde passa a infância, a levam a optar pela vida artística.

Rapidamente Alexandra passa a ser um dos nomes mais acarinhados pelo público e em 1978 estreia-se com o lançamento do single “Senhora Maria”, seguindo-se a profissionalização um ano depois. Depressa o seu sucesso se reflecte nas inúmeras edições discográficas, nomeadamente na década de 80 e que ilustram o vasto currículo da cantora.

De um talento popular, com inúmeros registos discográficos lançados no mercado português, Alexandra projecta a sua popularidade a nível nacional com a canção “Zé Brasileiro, Português de Braga” (Vasco Lima Couto/António Sala) que concorre ao Festival da Canção RTP, em 1979. Em 1982 alcança o 3º lugar no mesmo festival com o tema “Até ao Amanhecer” (Pedro Brito/Tózé Brito), seguindo-se em 1983 o 5º lugar com o tema “Rosa, Flor Mulher” (Fernando Correia Martins) e em 1985 com “Cantar Saudade” (Odete M. Oliveira/Álvaro Lúcio) alcança o 6º lugar do referido festival.

Teve uma breve passagem pelo teatro de revista, estreando-se em 1978 no elenco de “E Tudo S. Bento Levou” e em 1993 na revista “A Pão e a Laranjas, ambas apresentadas no Teatro Maria Vitória. Em 1991 regressa à televisão para a participação no programa “Regresso ao Passado”, onde explora as primeiras interpretações de fado.

A finalizar a década de 90, Alexandra integra o projecto “Entre Vozes”, ao lado de Alice Pires, Lenita Gentil e Maria da Fé, “tenho participado ainda no primeiro CD editado com temas de fado por 4 vozes".

Corre o ano de 1999 quando Alexandra é convidada pelo encenador Filipe Lá Feria a integrar o musical “Amália”, no papel de protagonista, com estreia no Cine Casino do Funchal, ao que se segue a apresentação no Teatro Politeama em Lisboa.

O protagonismo de Alexandra neste projecto será um dos seus maiores desafios, e em entrevista dirá mesmo: “Quando digo que fiquei admirada comigo mesma foi porque nunca tinha representado e de repente vejo-me a fazer isso e numa personagem que é difícil, com uma personalidade muito própria e com uma maneira de estar, de falar, de gesticular que não é normal, faço uma personagem que não é das mais fáceis.” (Nova Gente, Junho de 2001)

Pelo seu empenho e dedicação na interpretação do musical “Amália”, Alexandra foi distinguida com o Prémio Prestígio da Casa da Imprensa e o Prémio de Teatro “O Patriota”.

Em 2003 Alexandra recebe da cidade do Fundão a Medalha de Prata de Mérito Municipal, ano em que protagoniza um novo espectáculo “Alexandra Recorda Amália”, sob a produção da C2E. Organizado com uma forte componente multimédia, este espectáculo inclui momentos de bailado, projecção de imagens e a interpretação de grandes clássicos de Amália Rodrigues. O sucesso deste espectáculo resulta na edição de um duplo CD, editado pela CNM.

Paralelamente, Alexandra foi a anfitriã do restaurante e casa de fados “Marquês da Sé”, um espaço que remonta finais do Séc. XVIII situado na fronteira dos bairros da Sé e de Alfama, em Lisboa. Na Grande Noite do Fado de 2007 este singular espaço recebeu o Prémio de Casa de Fados, atribuído pela Casa da Imprensa. Em 2017, o "Marquês da Sé" fecha as portas e Alexandra inaugura, em 2019, o "Arcadas do Fado" em Almancil, Algarve.

 

Fonte:

Programa do musical “Amália”, de Filipe Lá Feria em representação no Teatro Politeama (2000)

Revista Nova Gente, Junho de 2001

http://www.alexandra.com.pt/

http://www.marquesdase.com/

http://fadistaalexandra.blogs.sapo.pt/

 

Vasco Rafael e Alexandra s/d.

Alexandra s/d.

Vasco Rafael, Alexandra, Carvalhinho Junior, Vilela Programa de televisão, s/d

Vasco Rafael, Alexandra, José da Câmara Programa de televisão, s/d

Vasco Rafael, Alexandra s/d

Lenita Gentil, Vasco Rafael, Alexandra, Anita Guerreiro s/d

  • Água e Mel Alexandra (C. B. de Carvalho / Miguel Ramos)