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Maria Albertina

(N. 5 janeiro, 1909 - M. 27 março, 1985)

Nascida em Ovar, Maria Albertina sentiu desde muito nova o apelo para uma carreira artística de grande êxito. Notável cantadeira e actriz, Maria Albertina começou por cantar o fado de Coimbra, estreando-se em Julho de 1931, como cantadeira no Teatro Maria Vitória na peça «História do Fado».

Em 1932 ganha o prémio “Guitarra de Ouro”, um concurso organizado pelos jornais “Diário de Notícias” e “O Século”.

Maria Albertina cantou canções regionais na revista «Viva a folia!», no Teatro Ginmásio, em Fevereiro de 1933 e em Julho desse mesmo ano filmou pela primeira vez, cantando no filme «Canção de Lisboa» o tema «Fado dos beijos quentes», obtendo um enorme sucesso.

Inaugurou o “Retiro da Severa” no Luna Parque e em Janeiro de 1934 fez a sua estreia como actriz na revista «Vista Alegre», encenando com Carlos Ramos o célebre quadro de Malhoa “O Fado”.

No decorrer do seu percurso artístico Maria Albertina cantou nos teatros Ginmásio, Maria Vitória, em esperas de touros em Vila Franca de Xira, no Grémio Alentejano e no Maxim's, no “Solar da Alegria” e no Salão de Chá do “Café Chave d'Ouro”. Maria Albertina actuou também em casas particulares como a da Duquesa de Palmela, do banqueiro Ricardo Espírito Santo e nos palácios do Conde da Torre e de Fontalva. Estes locais foram conciliados com passagens na rádio, casos da Emissora Nacional e Rádio Clube Português.

Maria Albertina partiu em digressão pelo Brasil, Argentina, Espanha, E.U.A. e Canadá, apresentando-se em inúmeros palcos, destaque para a deslocação a Paris, onde, na Exposição Internacional, representou o folclore português, com enorme sucesso e que se traduziu em convites para actuações em duas rádios de Paris.

Como actriz representou, sempre com grande sucesso, para além das revistas já citadas, «Viva a folia!», «Bola de neve» (1935), «O Rapa» (1935), «Sardinha assada» (1935), «Á vara larga» (1936), «Feira de Agosto» (1936), «Coração de Alfama» (uma opereta), «Há festa na Mouraria»(1936), «Maria Rita» (1936) e «Água vai» (1937).

Posteriormente entrou no filme «Bocage» (1936) cantando «Bailarico saloio».

Em 1941 Maria Albertina entra na Grande Marcha de Lisboa.

Na década de 60 foi contratada para cantar no restaurante típico “O Faia” onde permaneceu durante 20 anos.

É mãe de Cândido Mota, locutor da Rádio e Televisão.

Ganhou o prémio «Guitarra de ouro» (1º prémio) num concurso de fado organizado pelos jornais «Diário de Notícias» e «O Século», em 4 de Julho de 1932, no Capitólio.

Foi sócia honorária do Grupo Tauromáquico Sector 1, sócia benemérita da Cruz Verde; teve o título de «Melhor cantadeira» conferido num concurso promovido pela Rádio Luso.

Prémios recebidos: «Capacete de ouro», Setembro de 1932; 1º prémio no concurso «Qual a mais famosa artista do teatro português?», em 21 de Agosto de 1936.

Maria Albertina morreu em 1985 e o seu espólio está depositado no Museu Nacional do Teatro

 

Fonte:

“Guitarra de Portugal” 14 de Fevereiro de 1935;

“Guitarra de Portugal”, 27 de Dezembro de 1937;

“Canção do Sul”, 16 de Agosto de 1940;

Machado, A. Victor (1937) “Ídolos do Fado”, Lisboa, Tipografia Gonçalves;

Guinot, M.; Carvalho, R.; Osório, J.M. (1999) “Histórias do Fado”, Col. “Um Século de Fado”, Lisboa, Ediclube.

Maria Albertina

Maria Albertina, Alfredo Marceneiro

Maria Albertina

  • Meu Filho Maria Albertina (João Linhares Barbosa / Raul Ferrão)