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Joaquim Silveirinha

(N. 25 fevereiro, 1925 - M. 24 abril, 1975)

Joaquim Silveirinha nasceu em Lisboa, no bairro da Madragoa, no dia 25 de Fevereiro de 1925.

Conforme ele próprio confessou: "Já em miúdo, quando jogava o peão e a bola de trapos, ia cantando o Fado". (cf. Guitarra Portugal 15 Abril 1947)

Estreou-se como amador nos "Vendedores de Jornais Futebol Clube" aos 18 anos, começando a ir a Festas de Benefício, passeios e almoços “fora de portas”.

"Sinto-me melhor nos arredores a cantar para amigos. Adorei um almoço em Colares onde fui delirantemente aplaudido" (cf. Guitarra Portugal 15 Abril 1947)

Concorreu ao “Concurso de Outono”, levado a efeito pelo jornal “Canção do Sul” e, contrariando o pai, enveredou pela carreira artística.

Sem nunca deixar a sua profissão de Mecânico de Construção Naval e, nas horas vagas, Motorista de Praça, Joaquim Silveirinha tornou-se profissional do Fado em 22 de Dezembro de 1945, no “Retiro dos Marialvas”.

Sobre o seu repertório pessoal disse:

"Canto Domingos Silva, José Almeida Rodrigues, Delfim Silva e António Augusto Ferreira. Não tenho letras de poetas consagrados. Tenho promessas de João da Mata (que tem desculpa devido à doença), Carlos Conde, Francisco Radamanto. Tenho uma letra de Sá Esteves e outra de J. S. Caperta. (...) O artista não pode brilhar sem um bom repertório. Mas ainda o Júlio Guimarães disse hoje que muitos poetas não escrevem porque têm sido prejudicados. Há uma falta de respeito pelos autores." (cf. Guitarra Portugal 15 Abril 1947)

Gravou vários discos, a solo ou em conjunto com outros colegas (Natércia da Conceição, Fernando Farinha, Luísa Salgado, Estela Alves), sendo acompanhado por nomes como Álvaro Martins e Raul Nery e Armandinho (Guitarra), José Maria de Carvalho, Castro Mota e Júlio Gomes (Viola).

No seu percurso artístico destaca-se também a passagem pela rádio, tendo cantando no Rádio Clube Português, Rádio Graça, Rádio Peninsular, etc.

Faleceu a 24 de Abril de 1975 e está sepultado em Jazigo no Cemitério dos Prazeres.

 

Fonte:

“Guitarra de Portugal”, 15 de Abril de 1947;

“Ecos de Portugal”, 01 de Maio de 1951

  • Minha Tipóia Joaquim Silveirinha (Jaime Lúcio / Franklim Godinho)