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Francisco Perez Andion (Paquito)

(N. 10 fevereiro, 1935 - M. 27 novembro, 2004)

Natural de Espanha, Vigo, Paquito chegou a Lisboa com doze anos de idade.

Duas das principais referências familiares, o seu tio Paco e o seu avô Jesus, exploravam, na época, o retiro do “Charquinho” e a “Adega Perez”, respectivamente, locais onde era possível encontrar e ouvir o chamado fado vadio. Foi neste ambiente que Paquito foi tomando contacto com o género e mais tarde, a Adega Perez dá lugar ao restaurante típico “Retiro Andaluz”.

Do contacto com músicos, fadistas e poetas Paquito desenvolve então a sua aptidão e estreia-se como violista aos dezanove anos na “Parreirinha de Alfama” (1954). Inicia-se desta forma um percurso grandioso, de acompanhamento à viola a fadistas, designadamente Alfredo “Marceneiro”, Amália Rodrigues, Alberto Ribeiro, Fernando Farinha, Maria Amélia Proença, Celeste Rodrigues, Camané, Mafalda Arnauth, entre muitos outros.

Ocupando um lugar de destaque no cenário musical, Paquito teve a oportunidade de revelar e divulgar o seu talento em inúmeros programas de rádio, nos quais teve a felicidade de tocar e gravar. A par, somam-se também as actuações nas casas de fado: “Parreirinha da Alfama”, “Viela”, “Tipóia”, “Toca” e “Sr. Vinho” e “Taverna do Embuçado”.

Paquito actuou, também num grande número de palcos internacionais, dos quais salientamos as apresentações em França, Inglaterra, Polónia, Roménia, Suécia, Dinamarca, Israel, Japão, Estados Unidos, Canadá, Brasil, África do Sul e Venezuela. O violista passou também por África – Angola, Moçambique e Guiné-Bissau.

Muito estimado, quer pela sua postura, vivência e conhecimento, Paquito revela-se, hoje, como uma das figuras mais apreciadas do universo do Fado.

Falece em Novembro de 2004.

 

Fonte:

Sucena, Eduardo (1992) “Lisboa o Fado e os Fadistas”, Lisboa, Vega

 

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