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Joaquim Campos

(N. 17 janeiro, 1898 - M. 1981)

Nascido em Lisboa, Joaquim Campos Silva, conhecido apenas por Joaquim Campos, era filho de Joaquim Maria da Silva e de Maria Campos. A sua primeira apresentação pública foi com 12 anos, em Setúbal, onde cantou um fado que havia comprado num quiosque no Rossio.

Aos completar os 16 anos, Joaquim Campos emprega-se como funcionário da secretaria da Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses.

Juntamente com Alberto Costa foi um dos fundadores do Grémio Artístico Amigos do Fado.

Joaquim Campos fez a sua estreia na “Cervajaria Boémia” no ano de 1927. Também em 1927 a “Guitarra de Portugal” noticiava: “Cantou numa festa humanitária realizada a 27 de Setembro de 1927 (Domingo) no recinto da verbena do Orfanato Ferroviário da CP, em favor de "um pobre proletário a quem as vicissitudes da vida atiraram para a desgraça deixando sem amparo uma numerosa prole".

Em Dezembro de 1933 vivia com a cantadeira Rosa Maria.

Participou numa audição de fados no Forte de Monsanto, no dia de Outubro de 1934, «1ª festa que da grande série que este jornal está empenhado em realizar em estabelecimentos prisionais e hospitalares», conjuntamente com Maria Carmen, Rosa Maria, Júlio Proença, Joaquim Seabra, Júlio Correia e António Sobral (cf. Guitarra de Portugal de 14 de Novembro de 1934)

Joaquim Campos tomou parte da festa de homenagem aos tocadores Júlio Correia (guitarra) e António Sobral (viola) no dia 4 de Novembro de 1934 levada a cabo por um grupo de sócios do Grémio Recreativo Amadores do Fado. (cf. “Guitarra de Portugal” de 14 de Novembro de 1934).

Foi também possível vê-lo cantar em festas de beneficência, em retiros e esperas de touros. Participou, juntamente com Maria do Carmo, Alberto Costa, Júlio Proença e Raul Seia, numa digressão por todo o Algarve, com grande êxito. A sua projecção e sucesso levam-no ao Coliseu dos Recreios, ao Eden-Teatro, Maria Vitória, Apolo e aos ambientes da época: “Solar da Alegria”, “Retiro da Severa”, no “Café Luso” e “Café Mondego”.

Considerado na época como uma das melhores vozes de fado, Joaquim Campos foi também compositor, com registo para os seguintes temas: “Fado Vitória”, “Fado Tango”, “Fado Rosita”, entre outros.

É de sua autoria a música do fado "Povo que Lavas no Rio", com letra de Pedro Homem de Mello, celebrizado por Amália Rodrigues.

Faleceu em 1981.

 

Fonte:

“Guitarra de Portugal”, 24 de Setembro de 1927;

“Guitarra de Portugal” de 22 de Dezembro de 1933;

“Guitarra de Portugal” de 14 de Novembro de 1934;

Machado, A. Victor (1937) “Ídolos do Fado”, Lisboa, Tipografia Gonçalves.

 

Joaquim Campos

  • Povo Que Lavas No Rio Amália Rodrigues (Pedro Homem de Mello / Joaquim Campos)