Fado no Castelo

Fado no Castelo

Castelo de S. Jorge
14 e 15 de Junho . 22h

Programa inserido nas Festas de Lisboa, com curadoria do Museu do Fado.
Mais informação em www.culturanarua.pt

A edição de 2019 do Fado no Castelo traz dois concertos imperdíveis a um dos mais emblemáticos monumentos nacionais: o Castelo de São Jorge.  Este ano, Ana Moura e Raquel Tavares, duas das fadistas mais reconhecidas da actualidade e com grande projecção internacional, aceitaram o desafio de juntar as suas vozes aos sons dos coros. A 14 de Junho, Ana Moura cruza o seu fado com o coro Sopa de Pedra. Na noite seguinte, é a vez de Raquel Tavares pintar a sua música com os sons quentes dos Gospel Collective.

 
14 de Junho
Ana Moura e Sopa de Pedra


© Frederico Martins

Ana Moura é senhora de uma voz que se passeia pela tradição livremente, sem deixar de flirtar elegantemente com a música pop. Mas aquilo que a distingue não é apenas um timbre grave e sensual; a cantora tem a capacidade de transformar instantaneamente em fado qualquer melodia a que encoste a sua voz. É um rastilho imediato, uma explosão emocional disparada sem contemplações ao coração de quem a ouve.
O seu álbum Desfado (2012) é o disco mais vendido da última década em Portugal, tendo levado a fadista em digressão por mais de três anos. Em 2015, Ana Moura lança Moura e enche as salas mais emblemáticas do mundo, como o Olympia (Paris), o Barbican   Centre (Londres), o Carnegie Hall (Nova Iorque) ou a Sydney Opera House (Sydney). Em 2017, com 15 anos de carreira, lança um best of. Mais do que uma fadista internacional, Ana Moura é hoje uma verdadeira estrela global, tendo já partilhado o palco com lendas da música como Prince, os The Rolling Stones, Caetano Veloso, U2 ou Benjamin Clementine. Sabemos que o canto de Ana Moura nasceu no fado, mas nunca saberemos onde termina e o que o futuro lhe reserva.

Sopa de Pedra é um grupo dedicado ao canto a capella de canções de raiz tradicional que surgiu, no Porto, em 2012, graças a dez jovens de várias proveniências musicais e artísticas. Emprestando o rigor artístico à música tradicional portuguesa, procuram avivar-lhe a frescura através de novas harmonizações e arranjos polifónicos que exploram a sua complexidade, riqueza e profundidade. Querem, assim, mantê-la viva e interessante para as novas gerações.



15 de Junho
Raquel Tavares e Gospel Collective


Não é por acaso  que  Raquel  Tavares  é  uma  das  mais importantes e consistentes vozes do fado contemporâneo. O fado é indissociável da sua vida e foi o fado que a acompanhou quando, ainda menina, se atreveu a pisar um palco e a vencer, com 12 anos, uma Grande Noite do Fado (a primeira de 14 vitórias). É o Fado que faz com que coleccione  prémios,  desde  que  se estreou em disco, em 2006. Em “Raquel”, o seu último trabalho, junta alguns  dos  mais importantes  compositores  da  moderna  lusofonia,  como Caetano  Veloso,  Mallu  Magalhães,  António Zambujo ou  Miguel  Araújo  a nomes incontornáveis da história do fado, como Alfredo Marceneiro ou Pedro  Homem  de  Mello. E mesmo quando Raquel recebe a  companhia  de cantores como Carlão ou Rui  Veloso, é sempre o fado que persiste. Porque o fado faz parte do ADN de Raquel Tavares. É isso que  a  distingue.  É  isso  que  faz  com que o possa cruzar com outras influências e estilos, sem nunca perder a sua matriz.

 
O Gospel Collective reúne experientes cantores de áreas tão diversas como o jazz, a soul, o rock, o afrobeat, hip-hop ou funk que têm em comum a fé em Deus, uma paixão pela música espiritual negra e a vontade de, através da oração cantada, proporcionar um espectáculo memorável. Nascida no final de 2010 em Lisboa, esta formação ecuménica de mais de 20 vozes, engloba elementos de diferentes nacionalidades (moçambicanos, guineenses, cabo-verdianos, angolanos, são-tomenses, portugueses e belgas). Cantando em português e inglês, o repertório do colectivo vai beber ao repertório gospel norte-americano nas suas diferentes sonoridades, desde os espirituais negros ao cancioneiro tradicional, passando também pela soul e pelo urban gospel.

 

Co-produção: Castelo de São Jorge e Museu do Fado